TSOHOM DYAPÁ

Essa etnia habita as regiões do alto rio Jutaí e adjacências dos rios Jandiatuba e Curuena, na parte noroeste da Terra Indígena Vale do Javari. Na língua falada por essa etnia, da família katukina, Tsohom significa Tucano e Dyapá algo relacionado “gente” ou “povo”, ou seja, “povo tucano”. Vale ressaltar que essa etnia fala um idioma muito próximo ao falado pelos Kanamary, que pertence ao mesmo tronco linguístico. O povo Tsohom-Dyapá é considerado pela FUNAI (o órgão indigenista oficial no Brasil) como de “recente contato”. Trata-se de um parâmetro previsto na atual política indigenista do estado, que estabelece um entendimento de que um povo que já tenha passado pelo contato com integrantes da sociedade nacional ou até mesmo com indígenas que já mantém um alto grau de contato com a sociedade envolvente, mas que ainda mantém a decisão de não contato direto com o mundo externo, são “classificados” nessa categoria. Essa é uma das principais características do povo Tsohom-Dyapá, que prefere se manter no alto rio Jutaí, ao invés de estar em constantes idas e vindas para as cidades vizinhas à terra indígena.
Ao que tudo indica, o contato desse povo com não indígenas aconteceu de forma intermitente desde a década de 60, relacionado às atuações das chamadas frentes econômicas da borracha, da madeira e com as equipes da Petrobrás, nos anos oitenta. Mesmo assim, preferiram se manter nas suas aldeias. A partir de 2005 tomaram a decisão de permanecer na mesma aldeia dos Kanamary, como uma estratégia tanto para enfrentar as adversidades com as constantes ameaças dos invasores de suas terras quanto para terem acesso a produtos industrializados com os Kanamary. Atualmente, habitam a aldeia Jarinal, localizada às margens do alto rio Jutaí, nos limites a oeste da Terra Indígena, interrompendo o ciclo nômade que caracteriza sua forma de ocupação territorial.

Principais aspectos

Localização:

Interflúvio do Jutaí e do Jadiatuba, principalmente
no entorno do Rio Curuena.

Líder:

Aroh Dyomwük Dyapah

Idioma:

Língua próxima a da família Katukina, semelhante
às dos Kanamary e Katukina do Rio Biá.

A população atual dos Tsohom-Dyapá é de 42 pessoas (segundo dados do SIASI Local), dos quais 12 deles têm mais de 60 anos, ou seja, apresentam uma taxa de envelhecimento muito expressiva, o que compromete o aumento demográfico dessa etnia. Não por acaso, essa é a menor população do Vale do Javari.

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