KULINA

Essa etnia é a quinta população indígena em relação as demais que habitam o Vale do Javari, são 175 pessoas (segundo o SIASI/local) divididas em três aldeias: Aldeia Campinas (que está localizada fora dos perímetros da Terra Indígena), Pedro Lopes e aldeia do Cacau. São falantes de uma língua da família Pano e é o que os diferencia dos outros Kulina do rio Juruá, também conhecidos de “Madiha”, que falam uma língua da família Arawá.
O território dos Kulina no Vale do Javari abrange as áreas do médio rio Curuçá e seus afluentes, os igarapés Esperança, Todos os Santos e São Salvador, embora tenham habitado um território bem mais abrangente, na época em que viviam “isolados”, que ia das cabeceiras dos afluentes do rio Ituí, como os rio Novo e Negro até as cabeceiras dos afluentes do rio Curuçá, dentre os quais o rio Arrojo.

Principais aspectos

Localização:

Fronteira Brasil-Peru, às margens dos rios Juruá
e Purus, no Acre.

Líderes:

Adalto Kulina
Artêmio Kulina

Idioma:

Família linguística Pano. Os que têm contato com os seringueiros também falam o português.. Mulheres possuem um dialeto próprio que os maridos compreendem.

O povo Kulina Pano, segundo os etnógrafos que já estudaram sua história, é o resultado da união de dois grupos: os da maloca do Mawí, que ocupavam o igarapé são Salvador e os dos Kapishtana do Igarapé Pedro Lopes. Apesar dessa união ter sido marcada por conflitos interétnicos , foi uma das estratégias encontradas pelo grupo para sobreviverem dos constantes ataques dos Mayoruna (Matsés) em meados das décadas de 60 e 70. Os conflitos com o povo Mayoruna causaram uma grande fragilidade a essa etnia, dentre as quais a diminuição demográfica, resultando na dispersão dos sobreviventes para locais estranhos aos seus territórios ancestrais como nas cidades de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga. Dos poucos “mais velhos” que restaram dessa etnia residem na cidade de Tabatinga. Essas mudanças causaram um alto grau de miscigenação entre os Kulina, tanto entre indígenas de outras etnias (como os Mayoruna) quanto entre não indígenas. Um dos problemas é a quase perda do idioma Kulina, falado por alguns poucos moradores do médio rio Curuçá. O mais curioso é que a maior parte da população Kulina vive nas aldeias dos Mayoruna, pois na maioria dos conflitos entre esses dois povos as mulheres eram capturadas, bem como algumas crianças.

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