KORUBO

Essa etnia tem a sexta população do Vale no Javari, com 90 pessoas, divididas em 3 aldeias. O povo Korubo, também, é considerado de “recente contato” pela FUNAI. O “subgrupo da Mayá” foi contato em 1996, o “subgrupo do Pinô” foi contatado em 2014 e o “subgrupo do Luacivó/Shushu” foi contatado em 2015. Vale ressaltar que essa quantidade de pessoas ainda é um número relativo, quando se fala do povo Korubo em si, pois existem outros subgrupos que vivem em “em isolamento voluntário” no interior da Terra Indígena Vale do Javari.
O Povo Korubo são falantes de uma língua da família pano, e tem como referências territoriais as regiões às margens do médio rio Itaquaí, rio Branco (afluente do rio Itaquaí), rio Coari (afluente do rio Ituí0 e igarapé Coarizinho (afluente do rio Coari). Segundo Bernardo Vargas: “…Constituem atualmente grupos locais que apresentam diferentes níveis de interação com a sociedade nacional, desde situações de isolamento até relações de contato permanente.

Principais aspectos

Localização:

Zonas de confluência dos rios Ituí e Itaquaí,
movimentando-se entre os rios Ituí, Coari e
Branco.

Líder:

Mayá Korubo
Xishu Korubo

Idioma:

Idioma ainda não classificado, provavelmente oriunda
da família Pano. Compreendem as línguas dos Matis e
dos Mayoruna.

Ao longo das últimas décadas, os Korubo atuaram com profunda resiliência e resistência, principalmente na reação às investidas das frentes desenvolvimentistas sobre seu território. Durante uma parte da segunda metade do século XX, estes indígenas ocupavam uma unidade territorial baseada no interflúvio dos rios Ituí e Itaquaí, este último afluente do rio Javari, e explicitamente demonstravam a intenção de não estabelecer contato permanente com a sociedade envolvente. Estima-se que a partir do final da década de 1980 desenvolvem-se processos de dispersão de grupos locais Korubo, o que ocasionou um isolamento geográfico entre alguns deles, interrompendo fluxos de contato devido a novos arranjos sociais e territoriais. Os eventos de consolidação de contato entre a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e alguns destes grupos locais nos últimos 21 anos, revelou entre outras coisas, as estreitas relações de parentesco entre sujeitos dos grupos recém-contatados e ainda importantes aspectos que serviram para entender a forma que as cisões e dispersões entre os grupos locais ocorreram. A metodologia desta investigação baseia-se no cruzamento das informações levantadas pela pesquisa bibliográfica e documental, com as narrativas dos Korubo contatados e pelo trabalho que executei como indigenista de campo pela Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari (FPEVJ), unidade da FUNAI que investiga, promove e protege o território e a cultura dos povos indígenas isolados e de recente contato da Terra Indígena Vale do Javari.

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