Blog categories

Comments

Entidade diz que coordenador da Funai quer visitar região de povos isolados, contrariando protocolos da Covid-19

Entidade diz que coordenador da Funai quer visitar região de povos isolados, contrariando protocolos da Covid-19

Em nota, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari condena intenção de Ricardo Lopes Dias de ir a bases de proteção e aldeias que precisam ser protegidas de contato em função da pandemia

Terra indígena Vale do Javari, no Estado do Amazonas Foto: Adam Mol/Funai
Terra indígena Vale do Javari, no Estado do Amazonas Foto: Adam Mol/Funai

BRASÍLIA –  A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava) criticou, neste sábado, o coordenador-geral de Índios Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai), o pastor Ricardo Lopes Dias, por querer visitar bases de proteção de índios isolados e aldeias da região, contrariando protocolos para evitar o contágio pela Covid-19. Em nota, a entidade classifica a iniciativa como “absurda” e acusa a Funai de descumprir decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a nota, o coordenador chegou na região “sem qualquer diálogo com o Movimento indígena e as próprias instâncias locais da Funai e SESAI” (Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde). Localizada no oeste do Amazonas, a região é a segunda maior terra indígena demarcada do Brasil e com maior número de povos isolados.

“Diminuir o fluxo de pessoas estranhas nas bases, seguir protocolos rígidos de quarentena, seguir as diretrizes de planos de contingência para situações de contato e surtos epidêmicos foram diretrizes apresentadas pela União ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, movida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB e alguns partidos políticos, e que agora estão sendo afrontadas pela própria Funai”, diz o texto.

A entidade cita que equipes de saúde contaminaram as aldeias Matsés e Kanamary na sub-região do médio rio Javari. Alerta que as bases da Funai são as responsáveis pelo atendimento direto do povo Korubo, de recente contato, como também no monitoramento e contatos com grupos indígenas isolados.

Na avaliação da Unijava, a presença de Ricardo Dias na região não se justifica. E, em um período de pandemia,  era esperado que fossem informados da agenda na região. “O  que faltam são recursos financeiros, que poderiam ser melhores otimizados se não fossem gastos em passeios de helicópteros militares para ações que não são atividades essenciais e não vão contribuir com o atual cenário de penúria em que se encontra as equipes em campo”, diz a nota da entidade.

Procurada,  a assessoria da Fundação Nacional do Índio (Funai) não respondeu até o momento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

div#stuning-header .dfd-stuning-header-bg-container {background-image: url(https://univaja.com/wp-content/uploads/2020/09/2017_aldeia-Jarinal_adam-mol-Funai.jpg);background-size: cover;background-position: top center;background-attachment: fixed;background-repeat: no-repeat;}#stuning-header div.page-title-inner {min-height: 300px;}div#stuning-header .dfd-stuning-header-bg-container.dfd_stun_header_vertical_parallax {-webkit-transform: -webkit-translate3d(0,0,0) !important;-moz-transform: -moz-translate3d(0,0,0) !important;-ms-transform: -ms-translate3d(0,0,0) !important;-o-transform: -o-translate3d(0,0,0) !important;transform: translate3d(0,0,0) !important;}