Povos que nas décadas de 60 viviam em constantes guerras interétnicas, como é o caso dos Mayoruna e Marubo; Mayoruna e Kulina, atualmente vivem em harmonia e, juntos, lutam pelo bem comum no Movimento Indígena
Vale do Javari.
O Povo Matis depois do contato realizado pela FUNAI, em meados de 1976, quase foi extinto em decorrência da contaminação por gripe e outras enfermidades. Na época do contato as informações indicam que eram mais de 300 pessoas e em 1983 não passam de 87 indivíduos. A maioria dos mais velhos morreram nesse período. Com o decorrer dos anos os Matis já apresentam um aumento considerável no número populacional contando com mais 500 indivíduos, conforme o censo de 2010.
O Povo Kanamari e Tsohóm-Djapá são as únicas etnias que falam a língua Katukina, dentre os demais povos que habitam a região do Vale do Javari. Apesar de foneticamente serem distintas, a língua dominante tem como troco linguístico comum o “pano”; ou seja, os povos Marubo, Mayoruna, Matis, Kulina e Korubo falam, teoricamente, idiomas com a mesma origem.
O Vale do Javari é umas das poucas regiões do Brasil onde povos com diferentes níveis de contato com a sociedade nacional, ou até mesmo sem nenhum contato, compartilham o mesmo território. Entre os Korubo por exemplo, indivíduos que contam com 23 anos de contato com a sociedade nacional convivem com outros que foram contactados há apenas quatro anos.